Exatamente hoje chegamos à marca dos 7 bilhões de habitantes.... Como alimentar esta população sem aumentar a desertificação? Como ter água para dar contas das necessidades de consumo direto deste número? Como construir cidades e grupamentos humanos que abriguem estas pessoas e ao mesmo tempo respeitem a natureza? Como produzir roupas, utensílios, eletrodomésticos, estradas, transportes, livros, computadores, etc, etc, etc, sem com isso aumentar a emissão de carbono e o efeito estufa?
São perguntas que não têm resposta direta e fácil, mas exigem de todos nós esforços para encontrar soluções que envolvam também a rediscussão da produção e não apenas a acusação simplista do consumo. É necessário ter em mente que o consumo é apenas uma das fases do processo da produção, e por isso não basta fazer compras conscientes ou deixar de usar sacolas plásticas, ainda que estas sejam atitudes também importantes.
Para que alguma coisa faça de fato a diferença, é necessário que as soluções sejam coletivas - tanto na sua formulação quanto na sua implantação. Quando jogamos o peso das saídas sobre os ombros das atitudes conscientes, estamos, na verdade, apenas estimulando soluções individuais, cujo impacto sobre os problemas ambientais são reduzidos.
Claro que este processo combina com o individualismo que marca a nossa época, que tem início no romantismo mas se acentua consideravelmente no final do século passado. Romper com a ênfase no indivíduo é uma aposta para que consigamos "acomodar" os 7 bilhões de seres humanos neste planeta que, ao contrário do que sempre fomos levados a acreditar, não é uma fonte inesgotável de recursos.
Boa lembrança Lucia. Vamos ter que aprender a por nosso ego um pouco mais distante do centro de nossas atitudes e deixar nossos desejos um pouco menos no comando de nossas ações. Resta saber o quão dolorida será essa mudança.
ResponderExcluirAbraços
Fabrício Vinhas