Os impasses em torno da Convenção do Clima, na reunião de Durban (a COP 17), parecem apontar para um aumento das expectativas em torno da Rio +20. Ignorando a urgência por ações imediatas, os grandes emissores - Brasil aí incluído - defendem que um novo acordo só seja implementado a partir de 2020, e não mais após 2012. A China anunciou que poderá aderir a um acordo com metas de redução de suas emissões de gases-estufa (O Globo, 3/12/2011). Há muitas dúvidas sobre a renovação do Protocolo de Kyoto e um grande pessimismo em torno dos acordos climáticos na COP 17. Sem solução à vista, o remédio seria "adiar para a Rio +20". Ou, em bom português, empurrar com a barriga.
Um texto bastante interessante sobre o assunto foi publicado pelo Estado de São Paulo na sexta, 02/12/2011. Escrito pelo jornalista Washington Novaes, um dos primeiros a realizar reportagens sobre temas ambientais no Brasil, o artigo merece a leitura exatamente porque levanta questões sobre a efetividade de Durban e até mesmo sobre o que se pode esperar em relação à Rio +20. (Clique aqui para ler o artigo).
A velha prática de resolver amanhã o que se deveria fazer hoje pode no fundo apenas dissimular que, no que se refere às questões ambientais, existe uma complexa teia de interesses econômicos, políticos e empresariais.
Com este quadro, o que podemos mesmo esperar da Rio +20?
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