Na cobertura do Unomarketing, evento que acontece em São Paulo durante esta semana e que discute o marketing sustentável e a comunicação consciente, hoje o assunto foi a comunicação responsável, como falou a repórter Letícia Freire, do site Mercado Ético:
Você conhece uma agência de publicidade que, além de ter uma gestão participativa, publica o relatório de atividades? A pergunta foi feita num quizz eletrônico, no intervalo da I Feira e Seminário de Marketing Sustentável Unomarketing: Comunicação Consciente. A resposta de mais de 70% da platéia foi um direto "não". Para aquecer o debate, palestrantes do seminário "Processos criativos x valores" pontuaram a importância de marcas e processos de comunicação mais responsáveis.
Segundo Yacoff Sarcovas, presidente da agência Significa, a atitude de marca não é uma moda. Para ele, essa é uma forma como as empresas estão encontrando para tangibilizar a marcar a sua ação social. "A chamada atitude de marca não é uma tendência; ela já é parte da agenda estratégica de uma organização que entende o impacto dessa cadeia de valor"; não é mais possível iludir o consumidor com promessas vazias", afirmou Sarcovas.
Para ele, é imprescindível alinhar meio de comunicação, conteúdo, forma e conduta para produzir uma comunicação responsável. "A publicidade tem a licença poética do exagero, mas quando se trata de uma causa deve haver o máximo de firmeza para assegurar total verdade e relevância da mensagem". Ainda segundo Sarcovas, a empresa que não respeita essa regra corre o perigo de ser rejeitado pelo consumidor. "O impacto da ação da marca já começa a ser questionado pelo consumidor, o que mostra que o público não é ingênuo"
Já Antonio Peres, da Peres & Partners de Portugal, lembrou que o consumidor está cada vez mais próximo da informação, principalmente após a internet, e que isso exige da empresa mais transparência em seus anuncios. "Temos que parar de achar que somos a alma do negócio. No momento atual as ações de responsabilidade social tem mais importância que um anúncio. Na Europa, por exemplo, elas são exigidas das empresas e serão cada vez mais cobradas pela sociedade", ressaltou.