terça-feira, 29 de setembro de 2009

Debate RSE na Mídia no Rio de Janeiro

 

 

 

 

Que critérios o jornalista utiliza para diferenciar empresas envolvidas com a gestão socialmente responsável das que querem fazer somente marketing? Como as empresas comunicam seu compromisso com a responsabilidade social? Há abertura para tratar de dilemas?

O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, por meio do Programa Responsabilidade Social Empresarial na Mídia e do Programa Rede Empresarial pela Sustentabilidade, convida para o Debate RSE na Mídia: Empresas e Imprensa, a ser realizado no dia 30 de setembro de 2009, das 10h às 13h, na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), no Rio de Janeiro-RJ.

 

 

Debatedores:

Empresas
Nemércio Nogueira • diretor de assuntos institucionais Alcoa América Latina e Caribe
Rodolfo Gutilla • diretor de assuntos corporativos e de relações governamentais da Natura
Sonia Favaretto • superintendente de sustentabilidade do Itaú Unibanco

Imprensa
Amelia Gonzalez • editora do suplemento Razão Social do jornal O Globo
André Trigueiro • apresentador do Jornal das Dez da Globo News
Marcos Sá Correa • editor do site O Eco

Mediador:
Instituto Ethos

 

 

O Debate RSE na Mídia 2009 tem como objetivo levantar as questões e discutir as oportunidades da relação entre comunicadores de empresas e jornalistas de redação, visando uma cobertura mais qualificada do tema da sustentabilidade por parte dos profissionais de imprensa e um posicionamento mais coerente e estratégico por parte das empresas.
Assim, pretendemos promover um trabalho mais integrado e compartilhado, pautado em valores como confiança, transparência e ética.

 

 

 

 

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Jogos divulgam sustentabilidade


Cresce a utilização de concursos para promover a divulgação de iniciativas de sustentabilidade das empresas. Competições são uma excelente forma de envolver as pessoas de forma participativa para aprender mais sobre um assunto, ao mesmo tempo promovendo a organização.

Ao mesmo tempo, a explosão de ferramentas on-line ao longo dos últimos anos tem expandido enormemente alcance de audiência para uma fração do custo - não só para a mídia, como texto e gráficos, mas para, por exemplo áudio (podcasts) e vídeo (por exemplo, o YouTube ) também. As organizações estão cada vez usando mais com estes vários canais de mídia para conscientizar e aumentar a participação nas suas competições.

Por exemplo, como parte de seu esforço rebranding, uma agência norte-americana de comunicação com foco em sustentabilidade, a SDialogue está atualmente no ar com o seu "S Contest", usando áudio e vídeo para promover o concurso de modo a envolver organizações que tenham uma história de sustentabilidade para contar. Os participantes podem entrar no jogo pelo site da empresa ou por sua página no Facebook ou ainda pelo You Tube. O vencedor recebe 10.000 dólares em serviços de estratégia de sustentabilidade e de serviços de comunicações.

Outro concurso, executado pelo Boston College Center for Corporate Citizenship, é o Festival Internacional do Filme da Cidadania Corporativa, realizado pela primeira vez no início de 2009. No festival, as empresas associadas apresentavam vídeos detalhando o impacto dos seus programas de responsabilidade social corporativa. Cerca de 15.000 votos foram dados no site do Centro de Internet e 30.000 exibições de vídeos. O prêmio pelo primeiro lugar foi para a FedEx, o segundo lugar foi para a Hitachi, e o terceiro foi para a PriceWaterhouseCoopers.

Outras competições com foco na sustentabilidade organizacional incluem a Social Venture Network (SVN) Innovation Awards, e Green America's People's Choice Award.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Programa de rádio Observatório da Imprensa

PAUTA VERDE
O ambiente pela metade

Por Luciano Martins Costa em 8/9/2009

Comentário para o programa radiofônico do OI, 8/9/2009

Os jornais e revistas do fim de semana prolongado confirmam o primeiro efeito da entrada da senadora Marina Silva na disputa presidencial do ano que vem: de repente, todos os outros candidatos, ou supostos candidatos, se transformam em defensores do meio ambiente e subitamente se declaram verdes desde criancinhas. No entanto, a participação da ex-ministra não conseguiu ainda fazer a imprensa sair da limitada cobertura sobre o tema.

O tema ambientalismo e as idéias sobre desenvolvimento sustentável aparecem apenas pontualmente no noticiário, mas não ganham abordagem estratégica em nenhum dos principais meios de comunicação do país.

Num encontro realizado semana passada em São Paulo, jornalistas que se dedicam a produzir publicações de papel e na internet sobre sustentabilidade deixaram claro o pouco interesse da chamada grande imprensa nos debates mais especializados que envolvem o modelo de desenvolvimento, o futuro da Amazônia, a matriz energética do país e outros temas correlatos.

Quando muito, jornais, revistas e emissoras de televisão aberta inserem a questão ambiental no noticiário sobre economia e políticas públicas, como acontece com relação ao acordo militar entre o Brasil e a França, no qual o governo brasileiro apresenta a necessidade de patrulhar a Amazônia como um dos argumentos para reforçar e modernizar a frota da FAB.

Debate avivado

Notícias sobre a limitação de áreas para plantio de cana, proteção do cerrado e "congelamento" de trechos da Serra da Cantareira, que também freqüentam os jornais no período, resultam mais evidentemente do esforço de candidatos para se mostrarem preocupados com o meio ambiente do que do interesse da imprensa em manter o tema presente na agenda pública.

Ainda não há estudos consistentes, pelo menos publicados recentemente, sobre o peso da questão ambiental e de outros temas correlacionados nas escolhas que o eleitor irá fazer no ano que vem. Mas os marqueteiros dos candidatos sabem, e a imprensa vem reafirmando, que a participação da senadora Marina Silva deverá colocar em debate questões como a ética na política e o modelo de desenvolvimento econômico adotado pelo Brasil.

Por enquanto, a imprensa entra no tema da ética empurrada pelos escândalos, e muito seletivamente: as denúncias ganham destaque conforme o viés político do acusado. Quanto ao assunto sustentabilidade, jornais e revistas ainda parecem depender das assessorias de imprensa e das notas oficiais.